EXCLUSIVO: O
JORNAL IMPACTO NOTÍCIAS DE HELIÓPOLIS ENTREVISTA O PROFESSOR LANDISVALTH LIMA. AQUI ELE NÃO TERÁ LIMITES PARA
FALAR SOBRE A CIDADE DE HELIÓPOLIS E OS ÚLTIMOS ACONTECIMENTOS QUE MARCARAM O
ANO DE 2011. A EDIÇÃO DO JORNAL IMPACTO NOTÍCIAS DE HELIÓPOLIS CIRCULOU NAS PRINCIPAIS RUAS DE HELIÓPOLIS NA ÚLTIMA SEXTA FEIRA DIA 13/01/2012
IMPACTO.
A pergunta que não quer calar indaga:
Por que o seu Blog (Landisvalth Blog) foi censurado
pela Juíza da Comarca de Cícero Dantas e o que você tem a dizer sobre na
Justiça Brasileira?
LANDISVALTH.
A censura é uma mordaça. É um recurso que os incompetentes usam
quando estão sendo desmascarados. Eles não podem me chamar de ladrão,
caloteiro, velhaco, irresponsável, incompetente e, o principal, não podem me
comprar. Sabem que eu não sou produto exposto em prateleira de supermercado.
Então, querem me calar com esta velha arma utilizada nos regimes ditatoriais. É
também uma espécie de confissão de culpa. Quanto à Justiça, ela é um Poder
usado para o bem e para o mal. Já vi um Juiz dizer numa sentença que a Vice
Governadoria da Bahia não tinha influência política sobre o município de
Heliópolis. Ouvi casos de um Promotor que era visto constantemente em
comilanças e bebedeiras com autoridades, ou filhos de autoridades, ao mesmo
tempo em que julgava processos contra estes. Relatos de agentes da Justiça
dizendo que deviam obrigações e gratidão a um determinado alcaide e, o pior de
todos, chamar o denunciante e dizer a ele: “Largue mão disso! Isso não vai dar
em nada! Vai parar numa gaveta e nunca ser julgado e você ainda corre risco de
terminar como um Tiradentes!”. Por outro lado, há Eliana Calmon, Odilon de
Oliveira e outros heróis. Este filme ainda não acabou. Os bandidos de toga não
vencerão. As Leis brasileiras, embora
feitas para proteger bandidos e corruptos, também podem ser usadas para
colocá-los na cadeia. Sei que as prisões estão cheias de ladrões de galinhas,
mas alguns corruptos e bandidos que assaltam o povo estão experimentando o
gosto da vida com o sol nascendo quadrado. Ainda confio na Justiça!
IMPACTO.
Diante da censura estabelecida pela
Justiça, acatando uma denúncia feita pelo Prefeito de Heliópolis Waltinho, você
considera isso como uma vitória da oposição ou uma tentativa de calar as
denuncias feitas no seu blog?
LANDISVALTH.
Eu
não chamo isso de vitória. São capítulos de uma narrativa que terminará com a
vitória do bem sobre o mal, espero. Estes oito processos que a família do
prefeito move contra mim é uma clara tentativa de me vencer pelo bolso. Não
cometi nenhum crime, mas tenho que pagar a um advogado para me defender. O
prefeito declarou que sua fazenda na Boa Sorte valia 60 mil reais, quando da
época de sua candidatura. Será que ele a venderia hoje pelo dobro do preço?
Outra: como se deu o processo da compra de sua casa em Heliópolis por 150 mil
reais? Como foi feita a compra de um apartamento em Aracaju? Como o seu filho,
sem emprego, comprou animais de raça em leilão televisivo? Eu estou respondendo
por ter questionado o que todos questionam e divulgado declarações de fontes
informativas. O prefeito, que é o agente administrador do dinheiro público, que
desviou mais de 200 mil reais do FUNDEB, comprovado pelo próprio TCM, que teve
que devolver dinheiro aplicado irregularmente em propaganda, como denunciou a
vereadora Ana Dalva, não tem que provar nada. Num país sério, Waltinho não
poderia passar diante de uma delegacia de polícia!
IMPACTO.
Como você avalia esses três anos da
gestão do Prefeito Waltinho e quais foram os pontos positivos e negativos?
LANDISVALTH.
Os
pontos positivos? Está difícil, Jorge! Mas há um: Waltinho foi o prefeito que
mais conseguiu recursos para o município de Heliópolis. Some os mandatos de
Aroaldo, Zé do Sertão e o de Genival. Eles não trouxeram nem metade do que
Waltinho conseguiu. Isso porque ele tem todos os cargos ao seu dispor: 2/3 dos
vereadores da Câmara, deputado estadual, deputado federal, 3 senadores,
ministros, governador de estado, vice-presidente e presidente da república. A
única voz verdadeiramente contra Waltinho é a da vereadora Ana Dalva. Digo isso
porque uma coisa é estar do lado dos opositores e outra é fazer oposição. Só
Ana Dalva faz oposição em
Heliópolis. E todos estes recursos não foram suficientes para
melhorar a vida do povo. A educação está um caos, a saúde é um desastre. Os
recursos do município desapareceram. Tenho que admitir: embora com menos
recursos, os prefeitos anteriores foram menos ruins que Waltinho. Só na
educação, Waltinho deu um show. A grana que ele vai ter que devolver ao FUNDEB,
com recursos do próprio município, infelizmente, é mais que o dobro das
devoluções dos mandatos dos outros prefeitos. Isto ou é incompetência velada ou
corrupção safada, visível, explícita, aí na nossa cara, como se todos nós
fôssemos um bando de otários cegos! O sr. Walter Rosário está sendo o maior
desastre político da história de Heliópolis, mesmo tendo oportunidades jamais
tidas por outro prefeito.
IMPACTO.
Você acredita que o Prefeito Waltinho
pode contar com uma provável vitória em 7 de Outubro ou ele não tem chances de
ser reeleito?
LANDISVALTH. Se você fizer uma pesquisa hoje dentro
do grupo dos Pardais ele perde. Só falam bem de Waltinho os contratados, aqueles
que assumem cargos de confiança ou cabos eleitorais oportunistas. É,
seguramente, o prefeito mais impopular da nossa história. A reeleição dele
seria um desastre muito maior que a própria eleição. E Heliópolis não
conseguirá pagar esta conta. Será a falência do município.
IMPACTO.
Quem são, quantos são e onde está a oposição
ao prefeito Waltinho?
LANDISVALTH. Repito: Waltinho tem muitos opositores e
só Ana Dalva que exerce a oposição. Há opositores que trabalham aguardando o
erro do administrador para se promover. A verdadeira oposição denuncia, usando todos
os recursos institucionais, os erros para evitar um prejuízo maior ao
município. A verdadeira oposição quer melhorar e não jogar na cara do povo a
ideia de que foi ele quem escolheu agora que sofra! Fora do meio político, há o
meu blog, o SINDHELI e a Comissão de Direitos Humanos. Digo o SINDHELI porque
aquela greve fez um benefício enorme a Heliópolis. Mostrou a todos a face
oculta da administração Walter Rosário, que só era vista no meu blog e na
atuação da vereadora Ana Dalva.
IMPACTO.
Como você analisa a união dos dois
ex-prefeitos Aroaldo Barbosa e Zé do Sertão e o que existe por traz disso tudo?
LANDISVALTH. Do ponto de vista político é
interessante. São duas vozes que podem contribuir para corrigir os destinos de
Heliópolis. Agora, se eles querem mais uma vez continuar no mesmo caminho de
antes, só vão ajudar a aumentar o caos. Aroaldo e Zé do Sertão já tiveram suas
oportunidades. É hora do novo com qualidade e eles podem, se desejarem mesmo o
bem de Heliópolis, contribuir.
IMPACTO.
Existe alguma possibilidade da união da
vereadora Ana Dalva, Gama Neves e você com Aroaldo Barbosa e Zé do Sertão?
LANDISVALTH. Só depende deles. Estou aberto ao
diálogo. Quero um projeto político novo para Heliópolis. Quero melhorar isto
aqui. Eles querem? Então estou pronto! Agora não me venham com as velhas
práticas. Estou vacinado contra tudo de inútil que cheira a mofo. Já votei nos
dois mais de uma vez. Perdi muitas noites acreditando no projeto político dos
dois e os erros de ambos colocaram Waltinho na prefeitura. Não vou fazer
politica como negócio e nem como submissão à ideia de vencer para derrubar o
outro. Quero debater o futuro de Heliópolis. É isso que me interessa. Estão
prontos para isso? Até agora só Gama Neves se prontificou a fazer isso.
Precisamos sentar com o povo. Não podemos ficar utilizando o povo só para
votar.
IMPACTO.
A União de Ana Dalva e Gama Neves está
bem sólida. Ela pretende disputar uma cadeira no poder Executivo ou uma
reeleição no Legislativo?
LANDISVALTH. Ana Dalva está pronta para qualquer
parada. Se precisar continuar como vereadora ela vai continuar. Se for para a
cabeça da chapa ela vai. O que ela quer é um projeto político. O acordo com
Gama Neves está bem claro: ele deve estar melhor na fita que ela para ser o
candidato e ter um projeto político elaborado e discutido conosco e com a
comunidade. A primeira parte ele está tentando fazer, mas a segunda ele ainda
nem começou. Nós não vamos apoiar um candidato porque ele tem lindos olhos. Se
não for Ana Dalva a candidata, que seja Gama Neves, mas com condições de
resolver os problemas do município.
IMPACTO.
Se Gama Neves for o candidato a prefeito
tendo como vice Aroaldo Barbosa você e sua esposa Ana Dalva apoiaria Gama
Neves?
LANDISVALTH. Esta chapa não existe. Aroaldo, até
aqui, não pode ser candidato a nada. Até o seu Título de Eleitor está suspenso.
IMPACTO.
Qual seria o melhor nome nesse momento
para disputar com o atual prefeito?
LANDISVALTH. Não tenho a menor dúvida: Ana Dalva.
Acho que ela tem hoje as condições, desde que auxiliada por Gama Neves, Aroaldo
Barbosa, Zé do Sertão e esta juventude talentosa que ainda não teve
oportunidades. Ela pode unir o passado com o presente para projetar um futuro
melhor. Seu plano está pronto. Uma ideia minha: Ana Dalva prefeita, Gama Neves
vice, Aroaldo Secretário de Obras, Zé do Sertão vereador Presidente da Câmara e
as outras secretarias ocupadas por jovens com novas ideias. Aí eu poderia ir
para a Argentina fazer o meu doutorado porque saberia que Heliópolis estava em
boas mãos.
IMPACTO.
Sobre as palavras de Zé do Sertão que
usou o espaço desse jornal para falar ao Povo e aos políticos dessa cidade.
Como você analisa as perguntas e respostas do mesmo?
LANDISVALTH.
Zé
do Sertão é um grande gozador. Só pode ser gozação. Ele tem uma emissora de
rádio que não fala um grama dos problemas de Heliópolis. Tem uma esposa que é
vereadora e não fala nem mesmo na rádio do marido contra os desmandos de
Waltinho. Pelo amor de Deus, Zé! Abra o espaço para o debate! Esse negócio de
ficar falando como marqueteiro não dá. Ele também é responsável por muitos dos
problemas de Heliópolis. Discutir erros é uma forma de melhorar e não pode ser
visto como algo que denigra a pessoa. É até um gesto de humildade. Tem que
parar com essa história de um aliado ser submisso, bajulador e aplaudir tudo.
Aliado tem que ser crítico. JK dizia que o crítico nos dá melhor identidade e a
gente aprende a nos conhecer melhor. Zé do Sertão não se acha um ser comum. Eu
sou comum. Ninguém é Deus. Agora que foi divertida foi! Ri pra caramba, Tio
Jorge!
IMPACTO.
Faça um resumo amplo da real situação
das áreas de Saúde, Educação, Segurança e Meio-ambiente do município.
LANDISVALTH. Será que depois do que disse aqui ainda
é preciso dizer mais alguma coisa, Jorge? Se for para detalhar, só em outra
entrevista. É coisa para uns dez jornais deste.